Vai comprar móveis escolares? Veja quais são os principais erros.
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Muitos administradores escolares não consideram os móveis escolares uma prioridade em sua instituição. É comum que administradores de escolas, inclusive em nível universitário, acabem colocando coisas como o mobiliário escolar em segundo plano.

Mas aí está um grande engano. Para conseguir se diferenciar da concorrência sua instituição de ensino deve buscar a diferenciação em todo detalhe.

Itens como cadeiras e carteiras escolares que estejam alinhados com todas as necessidades de alunos e professores, constituem um aspecto relevante que deve ser levado em consideração ao renovar ou construir uma escola.

Obviamente é preciso ponderar o valor destinado para investimento, porém deve-se levar em conta que, segundo o SEBRAE, os móveis escolares representam menos de 10% do investimento total para abertura de uma escola.

Considerar somente o preço ao optar por um fabricante de móveis escolares é um grande erro. É preciso pensar a longo prazo porque produtos de qualidade tem uma grande durabilidade e um ciclo de vida longo, o que reduz ainda mais o impacto do custo deste item no orçamento de uma instituição de ensino.

Atualmente a infraestrutura e a aparência de uma instituição estão entre os itens mais relevantes na escolha de uma escola por pais e alunos. Para os pais isso fica evidenciado porque a preocupação com o ambiente e os móveis escolares é o reflexo de uma instituição que coloca o aluno em primeiro lugar e se preocupa com a qualidade do ensino.

Além disso, a demanda de aprendizado atual é complexa e precisa de novas abordagens. Escolas que adotam metodologias inovadoras que estão alinhadas com as demandas atuais devem investir em móveis escolares que sejam facilmente rearranjáveis e adaptáveis à dinâmica de uma aula ativa.

Neste artigo mostraremos quais são os erros mais comuns ao comprar móveis escolares e em contrapartida vamos apontar o que fazer para evitá-los, indicando como o mobiliário escolar pode agregar valor à sua instituição de ensino.

Móveis escolares: Ergonomia antes de tudo

Diversas pesquisas no campo ergonômico, de instituições como UERJ, UEM, UFSM, entre outras, apontam que o ambiente e o mobiliário escolar pouco confortável afetam o desempenho escolar do estudante.

Problemas como temperatura, iluminação, e móveis desconfortáveis, dependendo da intensidade, podem levar os alunos a ficarem distraídos.

O conforto psicológico também é importante. Ambientes que intimidam ou não são convidativos influenciam a profundidade do aprendizado que o aluno consegue assimilar.

Problemas com a ergonomia do mobiliário escolar são comuns em todas as etapas da educação. Em síntese esses problemas ergonômicos em da sala de aula, causam:

  • Vícios de postura;
  • Desinteresse pelas aulas ministradas e aplicação de tarefas;
  • Movimentação corporal excessiva;
  • Necessidade de levantar mais vezes;
  • Fadiga muscular;
  • Atrofia momentânea.

Oferecer cadeiras escolares confortáveis e convidativas ajuda a diminuir a dispersão em sala de aula. Isto porque é da natureza do comportamento humano “fugir” de situações que são desconfortáveis.

Os gestores devem ter muita atenção e cuidado na hora de adquirir móveis escolares pois esta inquietude causada pelo desconforto prejudica ativamente o desempenho dos alunos durante a aula.

Alunos em fase de crescimento ficam sentados na carteira escolar por diversas horas. Logo, se não houver qualidade ergonômica, no futuro, um aluno propenso a problemas, pode ser acometido de patologias das mais diversas, como problemas na coluna, por exemplo.

Um item de mobiliário onde comumente encontramos problemas são as carteiras universitárias. Geralmente essas carteiras possuem pouco espaço para o estudante, pranchetas muito pequenas, com versões somente para destros ou canhotos e ausência de apoio para o material que será utilizado.

Diante disso, reforçamos que os gestores escolares devem se preocupar em oferecer mobiliário escolar mais adequado possível para seus estudantes.

O que a ABNT diz sobre móveis escolares?

O mobiliário escolar indubitavelmente é uma determinante para o rendimento do aluno em sala de aula.

Afinal de contas, a escola é o primeiro trabalho sistemático que o ser humano tem contato na vida. Assim, os móveis escolares assumem papel importante no desenvolvimento do estudante.

Mas, o que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) tem a dizer sobre o mobiliário escolar nacional?

Existem duas publicações sobre o assunto – a NBR 14006/2008 – chamada “Móveis escolares: Cadeiras e mesas para conjunto aluno individual.” Esta norma tem como objetivo definir os padrões para o mobiliário escolar adquirido pelos entes federais do país com base em um projeto padrão definido pelo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Este projeto chama-se Conjunto Aluno Individual e é composto por mesa e cadeira projetado para alunos de diversas estaturas. No ensino fundamental e médio são três tamanhos CJA-04 - 1,33 a 1,59 m, CJA-05 - 1,46m a 1,76m e CJA-06 - 1,59m a 1,88m.

Esta norma é compulsória para os fabricantes que vendem o Conjunto Aluno individual conforme a especificação do FNDE mas não para produtos com projeto diferente. Neste caso a norma deve servir como referência para a fabricação de produtos ergonomicamente corretos.

Além da norma anterior temos também a norma NBR 16671:2018 - Móveis escolares - Cadeiras escolares com superfície de trabalho acoplada. Esta Norma estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para cadeiras escolares com superfície de trabalho acoplada, frontal e lateral, para ambientes de ensino.

Estes documentos determinam os mínimos requisitos de mesas e cadeiras escolares, nos seguintes aspectos:

  • Dimensionais;
  • Ergonomia;
  • Estabilidade;
  • Resistência;
  • Durabilidade;
  • Segurança.

Esta norma foi baseada em estudos ergonômicos europeus, já que não existe um que abranja crianças e adolescentes do Brasil. Podemos considerar isso um problema, já que nossas medidas antropométricas são diferentes.

Essa ‘distorção’ também atinge o ambiente universitário. Mais amplo e com maior variação de idade, os alunos de cursos superiores também sofrem com a falta de dados.

Uma carteira universitária, por exemplo, estará disponível para usuários de diversos tamanhos corporais. Com corpos já à beira do desenvolvimento pleno, as diferenças entre estruturas corporais dos estudantes são ainda maiores.

Recomendações de ergonomia

Para solucionarmos esse problema, devemos utilizar móveis escolares que levem em conta questões ergonômicas no momento de serem desenvolvidos.

Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e suas atividades, equipamentos e ambientes, aplicando os conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos desse relacionamento

Basicamente, este conceito é usado por projetistas para calcular as necessidades do ser humano para realizar suas atividades dentro de determinado contexto.

Algumas recomendações de ergonomia essenciais no caso das cadeiras escolares são:

  • Ser preferencialmente estofada;
  • A altura do assento deve deixar as coxas apoiadas, mas sem pressão na parte posterior dos joelhos, idealmente deve ter a altura regulável;
  • No assento, a borda anterior deve ser arredondada;
  • Deve-se ter um apoio para o dorso que deixe a lombar apoiada;
  • Ter preferencialmente apoio de braços;
  • O assento deve comportar o quadril do maior usuário

Para mesas escolares, as recomendações são as seguintes:

  • O material utilizado deve ser não reflexivo;
  • Desejável existir apoios para pés e pernas;
  • A borda inferior do tampo deve ser arredondada;
  • A superfície inferior da mesa (porta-livros) não deve bater nos joelhos.

Agora que já vimos algumas especificações técnicas do assunto, vamos verificar quais são os principais erros ao comprar móveis escolares.

Principais erros ao comprar móveis escolares

Foto: M Takahashi - CC BY 2.0

1. Adquirir mobiliário escolar padronizado

As crianças possuem tamanhos muito diferentes entre si, adolescentes em fase de crescimento mais ainda.  E quando falamos de universitários, então esta diferença é ainda maior .

Mesmo na fase adulta, dentro de uma sala de aula universitária, nos deparamos com grandes diferenças físicas entre os estudantes.

Adquirir móveis padronizados pode não atender as demandas de mobiliário de uma escola ou entidade universitária e por isso devemos levar em consideração os diferentes perfis e características dos estudantes atuais e futuros.

Móveis que possam ser regulados se adaptando a cada usuário demonstram respeito e consideração por parte da escola ao seu bem mais valioso, os estudantes que lá se encontram.

Como isso muitas vezes isso não é possível devido ao custo elevado do mobiliário com regulagem, uma solução que resolve parcialmente o problema seria manter as mesas fixas e utilizar somente as cadeiras com regulagem de altura.

2. Não considerar as necessidades de diferentes abordagens de ensino

Abordagens que são utilizadas para maximizar o desempenho do aluno, como a metodologia ativa de aprendizagem, também consideram a importância dos móveis escolares.

Como elemento fundamental do processo educativo, o mobiliário escolar tem que permitir autonomia na sala de aula, tanto para aluno como para professor. Assim, com carteiras escolares mais leves e flexíveis, ambos conseguirão melhor interação em trabalhos de grupo.

É importante que o estudante se sinta bem ao estar na sala de aula, mantê-lo em móveis pesados e desestimulantes, só tornará mais difícil o caminho para o aprendizado.

3. Não levar em conta a durabilidade

Gerir uma escola não é simples. Custos e investimentos envolvidos nesta operação sempre são muito grandes. E, por causa disto, é necessário manter atenção sobre todo investimento realizado, otimizando-o sempre que possível.

Ao adquirir mobiliário escolar, é imprescindível levar em conta a durabilidade. Igualmente, a garantia, deve ser um diferencial importante a ser levado em consideração, e relevante ao decidir por um fornecedor.

Pois sabemos que a alta rotatividade de alunos acaba desgastando o mobiliário, ainda mais aqueles usados na sala de aula.

Não deixe de considerar a durabilidade. Isto certamente vai fazer toda diferença no orçamento.

4. Não considerar o acabamento

Para móveis escolares durabilidade não é o bastante! Pois precisamos nos ater aos detalhes de acabamento.

Imagine uma carteira universitária descascando a pintura, com rebarbas de plástico cortantes, com pontas de parafuso aparentes e componentes de baixa qualidade?

Esses eventos parecem irreais, porque afinal de contas, você irá comprar de alguém especializado em móveis para escolas, contudo, há muitas empresas no mercado que estão focadas em ter o menor preço e deixam de lado detalhes que comprometem a qualidade e durabilidade dos produtos.

Todos sabemos que a última coisa que um gestor de instituição de ensino quer, é colocar seus alunos em risco.

Justamente por isso, não deixe de solicitar amostras e conferir pessoalmente o acabamento, inclusive convocar mais de uma pessoa para testes, afim de ter uma segunda opinião.

5. Não considerar a acessibilidade

É inegável que a escola tem que ser para todos!

Assim, quando for adquirir móveis escolares, não se deve deixar de lado as pessoas com qualquer tipo de deficiência. Carteiras escolares pensadas para atender as demandas de pessoas com deficiência são providenciais para democratizar o ensino.

Produtos que ofereçam:

  • Regulagem de altura;
  • Inclinação de assento;
  • Apoio para pés;
  • Cinto
  • Suporte para cabeça (com mecanismos para regulagem).

Servem para cumprir didaticamente o papel inclusivo para o educando, família, instituição e sociedade.

6. Não considerar as diferenças entre fornecedores

Preços de móveis para escola podem variar bastante, e como dissemos, quando se é gestor, deve-se maximizar qualquer investimento. Porém ao avaliar orçamentos de fornecedores diferentes deve-se estar atento as características de cada produto. Comparar somente o preço pode ser um erro quando se está avaliando produtos com características e qualidades diferentes.

A pesquisa profunda e completa, que envolve:

  • Preço;
  • Condições de pagamento;
  • Prazos para entrega;
  • Qualidade;
  • Acabamento;
  • Ergonomia;
  • Garantia pós-venda.

É fundamental para escolha consciente.

Dessa forma, é possível ter garantia de não estar apenas convicto do melhor preço, mas também ter subsídios para analisar diferentes opções que cada vendedor promete entregar.

7. Não solicitar amostras e testar o conforto

É importante solicitar amostras e avaliar o mobiliário pessoalmente antes de comprar muitas unidades de um produto que pode durar muitos anos.

Flexibilidade, conforto e segurança são pelo menos 3 premissas que devem ser consideradas quando escolhemos o móvel que será utilizado no ambiente escolar.

Detectar algum problema ergonômico tarde demais trará um transtorno que pode durar anos e certamente produzirá dificuldades para o ambiente escolar e acima de tudo para o estudante.

O conforto do aluno é um elemento fundamental para garantir o máximo aproveitamento da experiência do processo educacional em diferentes metodologias de ensino.

Não oferecer um móvel agradável e confortável para o aluno, mesmo adulto em nível de faculdade, não é correto nem desejável para a instituição.

8. Não pensar que poderão ser usados em um novo layout

É absolutamente comum mudar salas de aula, trocar a disposição de carteiras escolares ou mesmo ter que incorporar mais mesas e cadeiras ao ambiente.

Notoriamente as novas metodologias, como a Metodologia ativa de aprendizagem, frequentemente requerem essas mudanças na disposição da sala.

Uma carteira universitária leve e flexível, permitirá que esse processo de mudança de layout seja realizado de maneira ágil e simples estimulando a implantação e o uso das novas metodologias.

Diante de tudo o que foi exposto neste artigo, podemos concluir que:

É tarefa do gestor de qualquer entidade voltada a educação, propiciar aos estudantes todo conforto possível para que a experiência educacional transcorra da melhor forma.

Sendo assim, este pequeno artigo de erros que se cometem ao comprar móveis escolares pode ser um norte para quando for necessário investir no mobiliário escolar.

Esse cuidado, certamente irá agregar valor à empresa e fortalecer a relação de respeito entre os estudantes e a instituição.

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