Design Thinking é uma metodologia moderna e instigante que pode revolucionar a maneira como os alunos aprendem na sala de aula.
Considerada uma das principais ferramentas voltadas para o ensino de habilidades deste nosso século, o Design Thinking vem ganhando cada vez mais espaço em escolas que buscam aprimoramento constante em práticas de ensino.
Sabemos que, de um modo geral, demandas e necessidades do estudante da atualidade, evoluem de forma rápida, principalmente para acompanhar tendências tecnológicas.
Da mesma forma, os sistemas de ensino devem fazer o máximo para atender essas demandas da contemporaneidade. Os diferentes contextos do aprendizado e do sistema educacional apresentam problemas variados e complexos nas seguintes vertentes:
Indubitavelmente, o Design Thinking é uma metodologia para a resolução e abordagem destes problemas e será sobre isso que falaremos neste artigo. Acompanhe!
Design Thinking é uma forma de abordar diversos problemas através de conjuntos de ideias e de insights.
É largamente utilizado por engenheiros, designers, pessoas do mundo dos negócios e, hoje em dia, por escolas.
O Design Thinking parte do princípio de que:
... Ao compreender os métodos utilizados por designers, a fim de buscar soluções, conseguimos nos conectar melhor e revigorar nossos próprios processos, conseguindo com isso altos níveis de inovação.
As universidades de Stanford (EUA) e Potsdam (Alemanha) são conhecidas mundialmente por trazer o Design Thinking como uma metodologia voltada para a educação.
Todo o contexto dentro de classe é passado por uma análise de redesign, desde a atuação do professor até os móveis escolares.
O Design Thinking valoriza a busca de aprendizado focado em projeto. Dedicando desta forma a atenção dos alunos a uma única atividade, complexa e multidisciplinar.
A metodologia Design Thinking tem seu início na proposta que engloba a centralização no ser humano. É preciso, nesta técnica, desenvolver uma relação de empatia, tanto com problemas apresentados em sala de aula quanto com a verdadeira motivação das pessoas.
E quando falamos de pessoas queremos dizer todos os envolvidos no processo educacional:
Pois todos eles compõem aquilo que conhecemos como escola, e jamais devem ser desprezados ao longo do processo.
O Design Thinking, assim como a metodologia ativa, também prega a colaboração. Afinal de contas, muitas mentes se dedicando a resolver um problema são mais fortes que apenas uma.
Desta forma, diversas perspectivas são apresentadas, vários olhares são considerados, e a visão que temos do problema se torna mais clara. E assim, um ajuda o outro a reforçar a sua criatividade, através da constante troca de ideias e insights.
Também considera o Design Thinking que somos todos criadores de mudanças em potencial. Assim sempre foi, desde os nossos ancestrais, que abandonaram seus hábitos de caçadores-coletores para adotar a agricultura até os dias de hoje.
E é indiferente se o problema é simples ou complexo, se há muito ou pouco tempo hábil. Agir com restrições faz parte da vida e do processo de busca de conhecimento.
Além de tudo, o Design Thinking permite que alunos errem e, desta forma, aprendam com seus próprios erros. Pois o trabalho está sempre em processo, nunca termina, sempre existe a possibilidade de evoluir ou tomar outro caminho.
Também não se nutre expectativas inalcançáveis de perfeição, pois elas acabam por ser auto limitantes, impedindo que possamos assumir riscos ou propor verdadeiras mudanças. Ou seja, no Design Thinking, a pessoa ‘aprende fazendo’, além de sustentar a crença que mudanças são possíveis, e que todos podem ser agentes dela.
O mobiliário escolar também deve fazer parte de uma abordagem que utiliza o Design Thinking.
Diversas necessidades serão apresentadas durante a abordagem de um problema, e dispor o mobiliário escolar de forma que o ambiente ajude os alunos é um desafio.
O objetivo ao dispor os móveis escolares dentro do conceito de Design Thinking é organizar a sala de aula de modo a criar um ambiente eficaz e estimulante para que alunos colaborem um com os outros e também com os professores.
Neste contexto, podemos colocar em reflexão algumas situações. Por exemplo:
Em suma, Design Thinking coloca o aluno como formador de conhecimento, e não mero receptor de conteúdo. Ele participa ativamente, através da aprendizagem investigativa, desenvolvendo autonomia para desafios futuros.
A formação do ambiente e a disposição do mobiliário escolar devem colaborar para que isto funcione.
Nos dediquemos a partir de agora a compreender etapas do Design Thinking. Continue a ler...
A estrutura do Design Thinking permitirá criar e aprimorar diversas ideias voltadas para a solução de problemas.
E para auxiliar neste desenvolvimento, este método se divide em 5 etapas, que são:
Esta abordagem - demasiadamente humana - requer toda a intuição e capacidade do aluno desenvolver um conjunto de ideias que são significativas emocionalmente para eles.
Sendo assim, vamos analisar cada etapa desta proposta.
Neste primeiro momento, suponhamos que o professor passe para o aluno um desafio.
A proposta deve ser simples, porém, que seja ampla suficiente para abranger diversas áreas do conhecimento. Mas, obviamente, nem tão vasto que seja irrealizável e impossível de administrar.
Preparar o espaço físico também é importante. Dessa forma os móveis escolares tem que estar dispostos de maneira que alunos possam interagir em busca de soluções.
Outras peças de mobiliário, como quadros móveis flipcharts, etc, também podem ser integradas, ajudando desta forma uma melhor visualização tanto do desafio quanto dos progressos.
Lembre-se que o Design Thinking é também um processo visual, experiencial e tático. É preciso “enxergar” o problema à sua frente, seja por meio de post-its ou quaisquer outros elementos.
Primeiro, alunos precisam entender o desafio. Uma boa forma de fazer isto é incentivá-los a escrever os desafios em uma única frase. O estudante terá que “refinar” (filtrar) o máximo possível, caso o problema seja muito amplo.
Depois, analisar os critérios para a solução do problema, e discuti-lo até que fique claro para todos. Lembrando que o ambiente deve ser organizado de forma que todos tenham acesso visual ao processo do desafio.
Estimule-os a compartilhar o que previamente sabem sobre o assunto, também definindo objetivos, tanto pessoais quanto de grupo, assim como um cronograma de ações.
Em seguida, entra a parte de pesquisa e trabalho de campo. Livros, sites e até mesmo entrevistas com pessoas relacionadas a atividade podem ajudar neste momento.
Agora a tarefa é interpretar os dados recolhidos na primeira parte. No processo de Design Thinking, simples conversas e observações podem oferecer inputs valiosos na solução do problema.
É importante selecionar e condensar pensamentos até conseguir encontrar um ponto de vista e uma clara direção que dê sentido à criação de ideias.
Ao coletar os temas da primeira parte, alunos poderão ter insights mais claros e compartilhar uns com os outros, dessa forma o resultado da pesquisa pode ser um estímulo para surgimento de ideias.
Dessa forma, os alunos perceberão ligações e padrões com os temas pesquisados permitindo-os criar uma boa base de informações a próxima etapa.
Neste momento as ideias são geradas e acontece o famoso Brainstorming.
Brainstorming nada mais é do que pensar sem amarras. É despejar uma chuva de ideias, mesmo as que pareçam descabidas, para conseguir chegar a alguma solução.
Nesta hora é importante:
Em seguida, estudantes escolherão as ideias mais promissoras e entrarão no estágio de refiná-las, para passar para próxima etapa.
Nesta etapa, as ideias dos estudantes criam vida, a partir da construção de protótipos para torna-las mais tangíveis. Aqui é também a oportunidade de possibilitar diversas vivências e encontrar algumas soluções para o desafio proposto.
É importante criar pelo menos três versões da ideia para testar soluções. Alguns meios que podem ser usados para isso são através de:
Além disso, é importante que os estudantes coletem feedbacks para conseguirem entender o que precisa ser melhorado. Estas conversas podem ser guiadas por uma sequência de perguntas, para depois serem anotadas e documentadas e em seguida partir para a próxima etapa.
Evolução nada mais é que o “desenvolvimento do conceito” levando em consideração alunos no tempo individual. Envolve pensar nos próximos passos e proporcionar mudanças no processo também ao longo do tempo.
É importante citar que o professor, durante as etapas do Design Thinking, deve ter o papel de guia dando dicas sobre a organização das atividades e das ideias em todas as etapas do processo.
Para concluir este artigo, lembramos o pensamento de um entusiasta convicto sobre possibilidades, Albert Einstein:
“Não podemos solucionar problemas utilizando o mesmo padrão de pensamento que usamos para criá-los”.
O Design Thinking pode contribuir muito para o processo educacional, pois ele permite:
Além disso, através do pensamento visual e ao desenvolver o sentimento empático, valores importantes serão vivenciados ajudando muito positivamente o aluno a se tornar protagonista no processo de aprendizado.
De forma participativa e colaborativa, assim como na aprendizagem ativa:
O Design Thinking permite aos alunos, produzir conteúdos interessantíssimos, resolver problemas, opinar e refletir sobre o processo educacional. Além de ter uma experiência mais profunda e visual que envolve o professor como guia e facilitador do processo de aprendizagem.
Certamente o Design Thinking tem muito a oferecer para a educação moderna nas escolas e universidades porque se propõem a trabalhar com problemas da forma que os alunos farão no futuro.